Espaços de aprendizagem
Concordamos com Freinet quando questiona a eficácia da “aula como fórmula por excelência do ensino tradicional entre quatro paredes”, por isso o planejamento do professor é fundamental para que o espaço seja escolhido e organizado de acordo com a intenção do professor, em roda, em pequenos grupos, no chão, na cadeira; seja no teatro, no laboratório, nos jardins da escola, no laboratório, no quarteirão…
Mas não descartamos a necessidade da sala de aula como um local onde se sintetiza e se organiza o conteúdo das vivências (visitas, passeios, festas, entrevistas, exposições, vídeos, leituras, manipulações de materiais, experimentos), registrando-as das mais diversas maneiras.
Acreditamos que o processo educacional não acontece plenamente se não estiver conectado com os acontecimentos e demandas do mundo. Portanto, educador e educando devem estar atentos à vida e a tudo que acontece à sua volta. Por isso, a escola não pode realizar seu trabalho sem abrir suas portas. Ela precisa ser uma via de mão dupla, facilitando o trânsito escola-mundo exterior. Nas duas direções, a Sá Pereira tem buscado estar presente e trazer para a sala de aula o cotidiano do nosso tempo.
Ao nosso projeto pedagógico, interessa toda e qualquer construção humana: conteúdos digitais, reflexões em redes sociais, produções midiáticas, os diversos espaços de saber de nossa cidade e os mais variados movimentos culturais, políticos e sociais inspiram o nosso fazer e são aproveitados pedagogicamente pela Sá Pereira.
Por acreditarmos que a contextualização da aprendizagem, em situações naturais, favorece um processo mais significativo e complexo, procuramos vincular os passeios aos projetos de pesquisa das turmas, transformando-os em uma aula-passeio, como propõe Freinet.